sábado, 8 de dezembro de 2012

Quanto mais nos parecermos com Cristo, menos amados seremos



Muitos dizem que se vivêssemos mais como Cristo o mundo aceitaria o evangelho. Mas o mundo matou Cristo. Judeus - não só os fariseus, mas toda a multidão, romanos... é o oposto, se mais nos parecermos com Cristo, menos amados seremos - não é a toa que todos os apóstolos foram perseguidos e assassinados como Cristo. Pessoas que usam esse argumento querem tanto ser abraçadas pelo mundo que sequer vêem a contradição da ideia de que se mais nos parecêssemos com Cristo mais o mundo nos amaria.


O que Cristo disse? "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia." 
João 15:18-19



O mundo amou Cristo? "E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más." João 3:19

(Josemar Bessa)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O cristão e o sábado



O dia do sábado era, e sempre será, o sétimo dia da semana.

Deus descansou no sétimo dia, após seis dias de criação (Gn 2:2). Ele não ordenou que o homem guardasse o sábado naquele tempo, embora tenha estabelecido o principio a ser seguido: um dia de descanso em cada sete.

A nação de Israel recebeu a ordem de guardar o sábado quando os dez mandamentos foram dados (Ex 20:8-11). A lei do sábado era diferente dos outros nove mandamentos; era uma lei cerimonial, enquanto os outros eram princípios morais. A única razão que tornava errado trabalhar no sábado era porque Deus assim o disse. Então os outros mandamentos tinham a ver com coisas que eram intrinsicamente erradas.

A proibição contra o serviço no sábado nunca teve o objetivo de se aplicar ao serviço de Deus (Mt 12:5), obras de necessidade (Mt 12:3-4) ou obras de misericórdia (Mt 12:11-12). Dos dez mandamentos, nove são repetidos no NT, não com leis, mas como instruções para os cristãos viverem sob a graça. O único mandamento que os cristãos nunca foram instruídos a guardar é o do sábado. Pelo contrario, Paulo ensina que o cristão não pode ser condenado por falhar em guarda-lo (Cl 2:16).

O dia característico do cristianismo é o primeiro dia da semana. O Senhor Jesus ressurgiu dos mortos naquele dia (Jo 20:1), prova de que o trabalho da redenção fora completo e divinamente aprovado.

Nos dois domingos seguintes, ele reuniu-se com seus discípulos (Jo 20:19,26). O Espirito Santo fora dado no primeiro dia da semana (At 2:1; cf. Lv 23:15-16). Os primeiros discípulos se reuniram naquele dia para partir o pao, mostrando a todos a morte do Senhor (At 20:7). É o dia designado por Deus, no qual cristãos deveriam colocar à parte fundos para o trabalho do Senhor (1Co 16:1-2).

O sábado, ou o sétimo dia, tornou-se o fim de uma semana de trabalho; o dia do Senhor, ou domingo, inicia uma semana tranquila com o conhecimento de que o trabalho de redenção já esta completo. O sábado comemora a primeira criação; o domingo é ligado à nova criação. O sábado era um dia de responsabilidade; o dia do Senhor é um dia de privilegio.
Os cristãos não “guardam” o domingo como meio de ganhar a salvação ou alcançar a santidade, nem por medo de punição. Colocam o dia a parte por causa da devoção àquele que deu a si mesmo por eles. Porque somos libertos da rotina, dos acontecimentos seculares da vida, nesse dia, podemos coloca-lo a parte de uma maneira especial para a adoração e o serviço de Cristo.

Não é certo dizer que o sábado foi transferido para o dia do Senhor. O sábado é sábado e o dia do Senhor é domingo. O sábado era uma sombra; a essência é Cristo (Cl 2:16-17). A ressureição de Cristo marcou um novo começo, o dia do Senhor representa aquele inicio.
Como um judeu fiel vivendo sob a lei, Jesus guardou o sábado (apesar das acusações dos fariseus dizendo o contrario). Como Senhor do sábado, ele libertou-o das falsas regras e regulamentos com as quais se cobrira.
Observe os seguintes pontos:

1. Em 2Co 3:7-11, vimos que para o crente em Cristo os 10 mandamentos são definitivamente declarados extintos. No versículo 7 dessa passagem, a lei vem escrita como “o ministério da morte gravados com letras em pedras”. Isso só pode fazer referencia a lei moral, e não a lei cerimonial. Somente os dez mandamentos foram gravados em pedras pelo dedo de Deus (Ex 31:18). No versículo 11, vemos que o ministério da morte vem descrito como o que se desvanece em contraste com o que é permanente, a saber, a salvação em Cristo Jesus. Nada pode ser mais conclusivo que isso. O sábado não esta em vigor para o cristão.

2. Os gentios não eram obrigados a guardar o sábado. A lei foi dada apenas a nação judaica (Ex 31:13). Embora Deus tivesse descansado no sétimo dia, ele nunca obrigou mais ninguém a guarda-lo até o dia em que a lei foi entregue aos filhos de Israel.

3. Não foi por nenhum decreto feito por algum papa que os cristãos guardam o primeiro dia da semana em vez do sábado. Santificamos o dia do Senhor para o fim de adoração e serviço de Deus porque o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos nesse dia, prova de que a obra de redenção foi completada (Jo 20:1).

4. Paulo não faz distinção entre lei moral e lei cerimonial. Antes, insiste em que a lei é uma unidade em si e que a maldição cai sobre todos os que procuram a justiça por ela e não conseguem cumpri-la.

. No AT, a penalidade por transgredir a lei do sábado era a morte (Ex 35:2). Contudo, os que hoje insistem em que o crente deve guardar o sábado não exigem essa penalidade dos transgressores. Assim, desonram essa lei e destroem sua autoridade por não insistirem em que suas demandas sejam cumpridas. Na verdade, estão dizendo: “Essa é a lei de Deus e deve ser cumprida, mas, se não guarda-la, não há problema”.

Assim, o ensinamento de que os crentes devem guardar o sábado é completamente contrario as Escrituras (Cl 2:16) e constitui um “evangelho diferente” sobre o qual a palavra de Deus pronuncia maldição (Gl 1:7-9)

Que sabedoria de Deus seja dada a cada um a fim de poder discernir a má doutrina do legalismo, seja qual for a forma em que possa aparecer! Queira Deus que nunca procuremos justificação ou santificação por meio de cerimonias ou esforço humano; antes, confiemos apenas no Senhor Jesus Cristo para todas as necessidades. Que lembremos sempre que legalismo constitui um insulto a Deus, por substituir a realidade com uma sombra, cerimonialismo em vez de Cristo.

Bibliografia:

Bíblia Sagrada

MacDonald, William, 1917-2007. Comentário bíblico popular, Novo testamento/ editado com introduções de Art Farstad – São Paulo: ed. Mundo Cristão, 2011.