Está é uma visão
calvinista e reformada, que segue os princípios da reforma protestante e seus
respectivos reformadores. Muitas igrejas evangélicas no Brasil se dizem
protestantes, mas não seguem as doutrinas e os princípios da reforma. Martinho
Lutero, o grande nome da reforma protestante, era totalmente contra a existência
do livre-arbítrio, em seu livro: “A escravidão da vontade”, ele se opõe
totalmente a existência do mesmo. Precisamos trazer de volta, em tais igrejas,
os princípios da fé reformada.
Serei
breve, pois o tema em questão é amplíssimo e infelizmente, polêmico.
Vamos à
pergunta: “O livre-arbítrio existe?” A resposta é NÃO! Os desejos e vontades do
homem estão completamente voltados para aquilo que se opõe a Deus, é o que a
teologia reformada chama de DEPRAVAÇAO
TOTAL, o homem manchado pelo pecado original, é incapaz de conhecer Deus e
relutante em buscá-lo, de forma que, se Deus não interferisse em suas vontades e
escolhas (livre-arbítrio), o destino do mesmo certamente seria a morte
e o inferno. [1]
O homem
possui vontades próprias, como por exemplo, vontade de beber água, de se
alimentar, de escolher uma roupa e etc. Nestas coisas Deus (TALVEZ) não
interfere. Porém, quando diz respeito à salvação do homem, não a nada que o mesmo
possa fazer e realizar por sí mesmo (digo em relação aos eleitos), o controle
se volta totalmente para Deus, de forma que, Ele nos atrai de uma maneira irresistível,
criando em nós uma vontade renovada, então, o que antes era indesejável
torna-se altamente desejável, e voltamo-nos para Jesus da mesma forma como
antes fugíamos dele.
A tradução
da palavra “servo” no grego do Novo Testamento é “ESCRAVO”. O tradutor das
escrituras achou o termo “escravo” muito forte, e optou por colocar “servo”. Mas
somos escravos de Cristo (no bom sentido da palavra), possuímos nossos desejos
e vontades outrora depravados, completamente regenerados no SENHOR, de forma
que, tudo coopera para o Seu propósito soberano, é Ele quem opera em nós tanto
o querer quanto o realizar, devemos estar seguros em Cristo, sabedores de que
Deus opera em nós Seus decretos soberanamente pré-ordenados, tudo é para Ele e
por meio dEle. [2]
Como bem disse Agostinho: "O homem é mais livre quando controlado apenas por Deus". E ainda, "Torna-me teu escravo, ó Deus, e então serei livre".
Como bem disse Agostinho: "O homem é mais livre quando controlado apenas por Deus". E ainda, "Torna-me teu escravo, ó Deus, e então serei livre".
[1] “Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz,
mas o pecado que habita em mim". (Romanos 7.20)
[2] “Paulo, escravo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo,
separado para o evangelho de Deus.” Romanos
1:1
Soli Deo
Gloria!
Por Hamilton Fonseca