SÉRIE HISTÓRIA CRISTÃ: GEORGE MÜLLER
Deus frequentemente escolhe homens comuns, homens que costumavam
zombar da fé ou homens que exigiram muita paciência por sua relutância em
voltar-se para Deus e obedecer a Seu chamado. George Muller foi um
destes.
Nascido em 1805 na Prússia (parte da Polônia atualmente), quando jovem costumava roubar e mentir, segundo ele mesmo quase não houve pecado no qual ele não tivesse caído.
Nascido em 1805 na Prússia (parte da Polônia atualmente), quando jovem costumava roubar e mentir, segundo ele mesmo quase não houve pecado no qual ele não tivesse caído.
Aos 20 anos de idade, tornou-se cristão depois de visitar uma
pequena reunião em uma casa. Sua conversão foi dramática e ele abandonou de vez
seus hábitos pecaminosos. Em 1829 foi a Londres para fazer um treinamento na
Sociedade Londrina para a Promoção do Cristianismo entre os Judeus (hoje
conhecida como Church Mission to the Jews).
Um dos muitos aspectos fascinantes da vida de George Muller é que
ela ilustra com muita simplicidade o poder de Deus.
George Muller recebeu aproximadamente R$ 395.250.000,00 em resposta
a orações sem jamais ter pedido ofertas. Se isto tivesse ocorrido há dois ou
três mil anos, os céticos iriam sem dúvida questionar a autenticidade deste
fato. Como ocorreu no final do século dezenove, com registros modernos e
evidência factual, tais fatos não podem ser negados.
O aspecto mais significante dos 93 anos
de vida de George Müller na terra foi sua obediência absoluta à vontade de
Deus. O fato de o Espírito de Deus ter transformado um jovem rebelde e
pecaminoso em tal homem de Deus certamente nos renova a esperança.
Em 1830 ele casou-se com Mary Grooves, que se tornou uma verdadeira
companheira e sustentáculo nos anos seguintes.
Em 1834 ele fundou o Instituto de Conhecimentos das Escrituras, que
existe até hoje, sempre respeitando o princípio que ele mesmo impôs de nunca
depender de patrocínios, nunca fazer apelos por ofertas e nunca contrair
dívidas. Deus sempre proveu os recursos para todas as necessidades conforme Ele
mesmo promete em Filipenses 4.19.
Ele também orava diariamente pela conversão de pessoas; e orou
durante cinqüenta anos por algumas pessoas, mostrando sua fé e confiança em
Deus. Todas as suas orações eram registradas em livros, com a data do começo da
petição, o pedido a Deus, a data da resposta e como Deus respondeu.
Existe o registro de cerca de 50 mil orações de George Müller respondidas por Deus.
Como a epidemia de cólera aumentou dramaticamente o número de órfãos naqueles dias, em 1835 Müller sentiu o chamamento de Deus para abrir um orfanato totalmente pela fé, pois não tinha recursos financeiros para isto.
Existe o registro de cerca de 50 mil orações de George Müller respondidas por Deus.
Como a epidemia de cólera aumentou dramaticamente o número de órfãos naqueles dias, em 1835 Müller sentiu o chamamento de Deus para abrir um orfanato totalmente pela fé, pois não tinha recursos financeiros para isto.
Em 1870 já eram cinco orfanatos com mais de 2.000 crianças.
São muitas as histórias marcantes de respostas à oração. Uma delas
sucedeu quando ao levantarem pela manhã, não haver nenhum pedaço de pão para as
crianças, Müller ordenou que mesmo assim as crianças dessem graças a Deus pelo
alimento e ficassem esperando.
Minutos depois um carroceiro bateu à porta, dizendo que sua carroça
havia quebrado ali na frente e se queriam ficar com o carregamento de pães que
estava levando para outros lugares. Assim as crianças e os demais irmãos
glorificaram o Senhor por mais um de seus extraordinários feitos. Toda a vida e
obra de Müller atestam a fidelidade e a graça provedora de Deus.
George Müller era um homem comum, mas sua fé inegável e confiança
total em Deus e seu amor a Ele têm o mesmo impacto no mundo hoje do que quando
ele morreu em 1898.
Sua vida continua sendo uma inspiração para todos aqueles que
entregaram sua vida para Deus. E para todos nós continua sendo mais uma
daquelas "vidas que marcaram...".
Ele foi além da maioria deles em sua política quanto ao dinheiro.
Por exemplo: ele não aceitava ofertas quando saia para pregar, temendo dar a
impressão que pregava por dinheiro. Quando ele rejeitava as ofertas, as pessoas
algumas vezes queriam pô-las a força dentro do seu bolso, então ele fugia. Um
homem "lutou" com Müller até que ele aceitasse o dinheiro que o mesmo
queria lhe dar!
Durante seus primeiros anos, Müller começou a desenvolver convicções sobre oração e fé, que proporcionaram a base para poderosas demonstrações da provisão de Deus. Além de pedir a Deus por comida e fundos pessoais, ele freqüentemente orava com crentes enfermos até ficarem curados. Um biógrafo observa que "quase sempre suas orações eram respondidas, mas em algumas ocasiões não eram". Nesses casos, Müller continuava orando sobre estes assuntos ou pessoas, por anos.
Durante seus primeiros anos, Müller começou a desenvolver convicções sobre oração e fé, que proporcionaram a base para poderosas demonstrações da provisão de Deus. Além de pedir a Deus por comida e fundos pessoais, ele freqüentemente orava com crentes enfermos até ficarem curados. Um biógrafo observa que "quase sempre suas orações eram respondidas, mas em algumas ocasiões não eram". Nesses casos, Müller continuava orando sobre estes assuntos ou pessoas, por anos.
Grandes Sonhos, Grandes Resultados
Além de trabalhar com Henry Graik na capela Bethesda, uma moderna
igreja situada no coração de Bristol, Müller começou a sentir preocupação pelas
massas de crianças órfãs, abandonadas, que estavam em toda parte, na Inglaterra
do século 19. Em 1834, com Craik, ele fundou a "Scriptural Knowledge
Institution for Home and Abroad" - SKI ("Instituição do Conhecimento
Bíblico para a Pátria e Estrangeiro"), que continua até hoje. Seus
objetivos eram: 1) estabelecer Escolas diárias, Escolas dominicais e Escolas
para adultos onde as Escrituras fossem ensinadas; 2) distribuir Bíblias; 3)
ajudar o serviço missionário.
Durante a vida de Muller, o SKI proporcionou educação para muitos
milhares de crianças e adultos, que de outro modo não poderiam ter ido à
escola. Distribuiu milhares de Novos Testamentos, Bíblias e folhetos
evangelísticos a preços reduzidos, em muitas línguas.
Enviou o equivalente
moderno de muitos milhões de dólares para missionários nacionais e
estrangeiros. Durante um período de dois anos, Müller quase sustentou sozinho
Hudson Taylor e 30 de seus colegas missionários na China.
Cuidado com Crianças
As maiores obras pelas quais Müller é lembrado – e deve ser
guardado na memória que ele foi também um líder de igreja por excelência – são
os orfanatos. Nestes, e em todo o seu trabalho, Mary Groves Müller manteve-se
firme ao seu lado.
Milhares de pais morreram na epidemia de cólera de 1834. Os poucos
medicamentos e conhecimentos médicos precários, condições sociais ruins e leis
trabalhistas infames multiplicavam os órfãos. Essas crianças infelizes tentavam
sobreviver nas ruas, ou eram obrigadas a submeter-se às péssimas condições das
oficinas de trabalho. Charles Dickens disse que os órfãos eram
"desprezados por todos e ninguém se compadecia deles". As casas para
órfãos do Estado eram poucas e quase não existiam as particulares. Todas elas
serviam apenas às crianças das famílias de classes mais altas. Pobreza, crime e
prostituição aguardavam o resto.
Muitos fatores convergentes levaram Müller a começar um orfanato:
1) ele estava genuinamente preocupado com os órfãos de Bristol; 2) ele estava
cansado de ouvir homens de negócios e operários dizerem que a necessidade financeira
e a competição os proibiam de colocar Deus e Seus assuntos em primeiro lugar em
suas vidas; 3) ele queria provar que Deus responde às orações e colocar
"diante do mundo uma prova de que Deus de modo nenhum mudou. Isto me
parecia feito melhor pelo estabelecimento de um orfanato. Devia ser algo que
pudesse ser visto ainda que pelos olhos naturais".
Em 1835, Müller colocou o seu plano diante da igreja de Bethesda. Imediatamente a congregação se uniu para sustentar o empreendimento. Móveis, utensílios, roupas e fundos chegaram. Dali em diante, Bethesda e seu círculo crescente de igrejas permaneceram inteiramente com Müller no cuidado dos órfãos. No começo, eles costumavam alugar casas para as crianças. Muitos crentes de Bethesda trabalhavam por tempo parcial ou integral nos orfanatos. Conheciam os detalhes particulares e as necessidades diárias ligadas a um tão grande projeto.
Eles também compreendiam a convicção de Müller em não solicitar
fundos – ele queria provar que Deus responderia às orações dos crentes. Müller
escreveu: "eu não digo que estaria agindo contra os preceitos do Senhor se
procurasse ajuda em Sua obra através de pedido pessoal e individual [apelos]
aos crentes, mas eu faço assim para o benefício da igreja em geral". Ele
era totalmente contrário, todavia, à possibilidade de que algum cristão fizesse
apelos financeiros aos descrentes.
Desenvolvimento do Orfanato
Em 1836, Müller abriu a primeira casa, quando ainda não tinha 30 anos de idade. A comida para os órfãos chegava muitas vezes minutos antes da hora de ser servida, embora as crianças nunca soubessem disso. Mais e mais crianças suplicavam a Müller para recebê-las e ele alugava mais casas. Mas essas logo abarrotavam, por isso, em oração e conversa com os cristãos de Bristol, ele decidiu construir um grande e moderno edifício para os órfãos. Este projeto começou em 1845, exatamente quando a tempestade da divisão entre os Irmãos estava se formando em Plymouth. Em 1848, mesmo enquanto Darby estava atacando Müller, o primeiro dos imensos orfanatos estava quase completo. E enquanto a carta de Darby excomungando toda assembléia de Bethesda estava circulando pela Inglaterra e ao redor do mundo, o telhado foi estendido. Enquanto a divisão progredia e os antigos amigos se voltavam contra ele, Müller continuava esperando em Deus por fundos e provisões.
Em 1870, depois de profundas e repetidas provas de fé, a última das
cinco magníficas casas de pedra, para 2.000 órfãos, foi levantada exatamente
fora de Bristol, em Ashley Down. Müller maravilhou-se com o que Deus tinha feito
naqueles 34 anos, em resposta à fé e à oração. Além de providenciar comida e
roupas para muitos milhares de órfãos, ele tinha a responsabilidade de levantar
o "ordenado" mensal [salário] para mais de 100 empregados.
As garotas órfãs eram treinadas como empregadas e costureiras,
enquanto os rapazes aprendiam vários ofícios. A cada órfão era assegurado um
emprego antes de deixar as casas, ou Müller pagava o salário de aprendiz deles
ao patrão que os ensinaria uma profissão. Cada órfão saía com um jogo completo
de roupas.
Um homem que vivia próximo dos orfanatos disse que "sempre que
ele sentia dúvidas sobre o Deus Vivo, vindo a sua mente, ele se levantava e
olhava através da noite para as muitas janelas acesas em Ashley Down, brilhando
na escuridão como estrelas no céu". Havia um imposto sobre janelas grandes
quando Müller construiu os orfanatos, mas ele disse: "nós confiaremos em
Deus para o dinheiro do imposto – deixem as crianças ter luz e ar!".
Pessoas por todo o oeste da Inglaterra e ao redor do mundo ficavam
sabendo sobre os orfanatos. Também reconheciam o poder e a provisão de Deus
que, se tornavam acessíveis em resposta às orações fiéis de Müller e seus
amigos.
Tarde na vida, Müller, que falava sete línguas, viajou para 42 países em "viagens missionárias" e pregou o Evangelho para multidões de milhares. Seu alvo nessas viagens era, de acordo com o propósito de A. N. Groves, e dos Irmãos do início, quebrar as barreiras denominacionais e promover o amor fraternal entre os verdadeiros cristãos. Em três ocasiões visitou os Estados Unidos e Canadá, pregando centenas de vezes e, em quase todas, pessoas vieram a Cristo.
Tarde na vida, Müller, que falava sete línguas, viajou para 42 países em "viagens missionárias" e pregou o Evangelho para multidões de milhares. Seu alvo nessas viagens era, de acordo com o propósito de A. N. Groves, e dos Irmãos do início, quebrar as barreiras denominacionais e promover o amor fraternal entre os verdadeiros cristãos. Em três ocasiões visitou os Estados Unidos e Canadá, pregando centenas de vezes e, em quase todas, pessoas vieram a Cristo.
Em 1878, Müller foi convidado para ir à Casa Branca, a fim de falar
sobre os orfanatos ao presidente Rutherford B. Hayes. Provavelmente não contou
ao presidente Hayes que foi enquanto J. N. Darby estava tentando virar pessoas
contra ele que Deus proveu os fundos para as grandes casas de órfãos.
Müller e o Dinheiro
Müller criou um regulamento fixo em que nem ele nem seus auxiliares
jamais deveriam pedir a qualquer indivíduo qualquer coisa em particular, para
"que a mão do Senhor pudesse ser claramente vista". Mas ele pedia ao
Senhor que movesse pessoas para ofertar. Uma vez, quando um homem fez um grande
donativo, Muller, muito satisfeito, visitou-o para agradecer; então mostrou ao
homem a anotação em seu diário quando, meses antes, começou a rogar a Deus que
aquele homem pudesse dar aquela quantia específica!
O historiador Roy Coad observa, todavia, que "a lenda popular" tem escondido um tanto da natureza prática de Müller. "A lenda enfatiza um lado da moeda: a intensidade da confiança de Müller. Muitas vezes o outro lado tem sido esquecido – que os fundos para suprir a necessidade vieram de homens e mulheres que eram coparticipantes com Müller de sua fé em Deus".
Müller havia atraído a igreja de Bethesda para dentro dos seus planos do orfanato desde o início. Ele usava vários sistemas de relatórios para mantê-la informada, e os outros também, do que acontecia:
O historiador Roy Coad observa, todavia, que "a lenda popular" tem escondido um tanto da natureza prática de Müller. "A lenda enfatiza um lado da moeda: a intensidade da confiança de Müller. Muitas vezes o outro lado tem sido esquecido – que os fundos para suprir a necessidade vieram de homens e mulheres que eram coparticipantes com Müller de sua fé em Deus".
Müller havia atraído a igreja de Bethesda para dentro dos seus planos do orfanato desde o início. Ele usava vários sistemas de relatórios para mantê-la informada, e os outros também, do que acontecia:
1) Todo mês de dezembro, por três noites, Müller
presidia reuniões públicas para informar as igrejas de Bristol e o público a
respeito do ano que se havia passado.
2) Todos os anos, ele escrevia e
publicava um "Relatório Anual" com detalhes financeiros e notas sobre
eventos importantes do ano se havia passado e alguma idéia do que esperava dos
anos vindouros. Estes eram dados ou vendidos a pessoas interessadas e circulavam
ao redor do mundo.
3) Em 1837, Müller soltou a primeira
edição de A Narrative of Some of the Lord’s Dealings with George Müller (Uma
Narrativa de alguns dos procedimentos do Senhor para com George Müller), um
livro consideravelmente grande, de seleções de seu diário que graficamente
descrevia como o Senhor repetidamente providenciava ajuda para os órfãos
através de diferentes pessoas. Esta narrativa era regularmente atualizada e
aparecia em intervalos de cinco anos, até tornar-se uma coleção de quatro
volumes. Muitas pessoas enviavam donativos anexos a suas cartas nas quais
diziam a Müller que sabiam de sua necessidade pela leitura dos "Relatórios
Anuais da Narrativa".
4) Depois que Müller contou aos
amigos seu plano de construir as grandes casas para órfãos, em Ashey Down, eles
espalharam a notícia através da Inglaterra. Müller notou isso. Mas não parecia
preocupado com o fato de que muitos milhares de pessoas soubessem do que ele
estava pedindo a Deus para fazer. Ele acreditava que qualquer que fosse o meio
é Deus quem motiva as pessoas para ofertar. (De 1882 em diante, o rendimento de
Müller diminuiu e ele teve que reduzir muito a SKI e os programas do orfanato.
Durante o mesmo período, todavia, o governo Inglês começou a providenciar um
melhor cuidado para os órfãos).
Uma vez, Charles Dickens apareceu em
Ashley Down para "investigar" o que Müller estava fazendo a estes
órfãos. Müller deu as chaves para Dickens e mandou um assistente mostrar-lhe
qualquer coisa que quisesse ver. Depois da investigação, Dickens disse a Müller
que acreditava que os órfãos estavam sendo muito bem cuidados.
Sua Ida ao Lar
George Müller morreu na manhã de 10 de
março de 1898, aos 92 anos. Ele participou ativamente, enquanto viveu, em Bethesda
e nos orfanatos até o dia anterior da sua morte. Milhares de pessoas lotavam as
ruas para ver o cortejo funeral do imigrante alemão que, segundo o jornal The
Bristol Mercury, foi "a maior personalidade que Bristol conheceu como
cidadão nesta geração". Sete mil pessoas lotaram o cemitério para ver o
sepultamento.
O Bristol Evening News escreveu que
"na era do agnosticismo e materialismo, ele pôs em prática teorias sobre
as quais muitos homens estavam contentes em sustentar uma controvérsia
inútil".
O Liverpool Mercury maravilhou-se por
causa da provisão para milhares de crianças e perguntou como isto aconteceu.
"Müller disse ao mundo que foi o resultado de Oração. O racionalismo de
hoje zombará desta declaração. Mas os fatos permanecem, e permanecem para serem
explicados. Não seria científico desdenhar das ocorrências históricas quando
elas são difíceis de esclarecer. E seria necessário muito truque para fazer os
orfanatos em Ashley Down sumir da vista".
De sua parte, Müller já havia escrito:
"eu sei que belo, gracioso e generoso ser Deus é pela revelação que Ele se
agradou em fazer de Si mesmo na Sua santa Palavra. Eu acredito nesta revelação.
Também sei por minha própria experiência da veracidade disso. Portanto, eu
estava satisfeito com Deus. Me regozijava em Deus. E o resultado é que Ele
realizou o desejo do meu coração".
George Müller acreditava que Deus faz o
mesmo por qualquer um que O busque.
George Muller e a Bíblia
Entrega Absoluta
Certa vez, ao compartilhar com os
ministros e obreiros, por ocasião do seu aniversário de noventa anos, George
Muller falou da seguinte forma a respeito de si mesmo: "... Eu lembro da
minha entrega absoluta ao Senhor. Fui convertido em novembro de 1825, mas
somente quatro anos mais tarde, em julho de 1829, entreguei meu coração ao
Senhor de forma absoluta. Somente então abandonei o amor ao dinheiro, à paz, à
posição, aos prazeres e aos compromissos mundanos. Deus, Deus somente tornou-se
a minha porção. Encontrei nele o meu tudo. Não desejava nada mais e, pela graça
de Deus, assim permaneço até hoje. Isso me fez um homem feliz, um homem
profundamente feliz e levou-me a ocupar-me somente com as coisas de Deus. Amado
irmão, eu lhe pergunto com muito amor: Você já entregou seu coração a Deus de
forma absoluta? Ou há algo que você está retendo e não quer entregar a Deus?
Anteriormente eu lia um pouco as Escrituras, mas preferia outros livros;
todavia, desde o dia em que entreguei-me totalmente ao Senhor, a revelação que
Ele fez de Si mesmo tornou-se uma bênção incomparavelmente mais preciosa para
mim. Posso afirmar de coração que, "Deus é um Ser infinitamente
amoroso."Oh, não fiquemos satisfeitos até que, do mais profundo de nossa
alma, possamos dizer:, "Deus é um Ser infinitamente amoroso."
George Muller fala em sua revista acerca
dessa mudança ocorrida em sua vida. Há muitos anos atrás ele fora para uma
cidade chamada Teignmouth a fim de tratar sua saúde física. Lá ele ouviu um
pregador cuja mensagem ele jamais esqueceu. Ele relata o significado dessa
mensagem nas seguintes palavras: "Embora eu não tenha gostado do que ele
falou, eu vi nele uma seriedade e solenidade diferente dos demais. Através do
ministrar desse irmão, o Senhor concedeu-me uma grande bênção e a Ele serei
grato ao longo de toda a eternidade. Deus começou a mostrar-me que unicamente a
Sua Palavra deve ser nosso padrão para o julgamento em coisas espirituais, que
a Palavra de Deus somente pode ser explicada pelo Espírito Santo e que, em
nossos dias, assim como nos tempos passados, Ele é o Mestre de Seu povo. Antes
dessa ocasião em minha vida, eu não havia, em minha experiência, entendido a
função do Espírito Santo. Anteriormente eu não havia enxergado que somente o
Espírito Santo pode ensinar-nos acerca de nossa condição natural, mostrar-nos
nossa necessidade de um Salvador, capacitar-nos a crer em Cristo, explicar-nos
as Escrituras, ajudar-nos a pregar, etc...”.
"Foi a compreensão dessa verdade em
especial que exerceu uma grande influência em minha vida, pois o Senhor
capacitou-me a experimentar sua validade quando eu coloquei de lado comentários
e quase todos os outros livros e comecei simplesmente a ler e estudar a Palavra
de Deus. Como resultado, na primeira noite em que entrei em meu quarto, fechei
a porta a fim de orar e meditar nas Escrituras, eu aprendi mais em algumas
poucas horas do que havia aprendido durante um período de vários meses. A maior
diferença, no entanto, foi o poder real que experimentei em minha alma através
disso."
"Além disso, aprouve ao Senhor
fazer-me ver um padrão mais elevado de dedicação do que o que eu havia visto
anteriormente. Ele levou-me, numa medida, a ver o que é minha glória neste
mundo: ser desprezado, ser pobre e pequeno com Cristo. Ao retornar para
Londres, minha saúde física estava muito melhor e, no que diz respeito a minha
alma, a mudança fora tão grande que parecia uma segunda conversão."
Estudar a Bíblia é Mais Importante do que
Ler Livros
"Eu caíra na armadilha que muitos
cristãos caem: preferir ler livros religiosos ao invés da Bíblia. Na verdade,
de acordo com as Escrituras, nós deveríamos pensar da seguinte maneira: O
próprio Deus dignou-se a tornar-se autor de um livro, e eu sou ignorante acerca
deste precioso livro que o Seu Espírito inspirou; por causa disso, eu devo ler
novamente este Livro dos livros mais cuidadosamente, com mais oração, com muito
mais meditação. Mas essa não foi minha atitude. É verdade que minha ignorância
sobre a Palavra levou-me a desejar estudá-la, todavia, por causa da minha
dificuldade em entendê-la, nos primeiros quatro anos de minha vida cristã, eu
negligenciei na sua leitura. Assim como muitos cristãos fazem, eu praticamente
preferia ler as obras de homens não inspirados ao invés de ler os oráculos do
Deus vivo. Como conseqüência disso, eu permaneci um bebê tanto no conhecimento
quanto na graça. No conhecimento, porque todo verdadeiro conhecimento deve ser
obtido da Palavra de Deus por meio de Seu Espírito. Como triste conseqüência,
esta falta de conhecimento me impediu de caminhar nos caminhos de Deus com
firmeza e constância. Pois é a verdade que nos liberta, livrando-nos do cativeiro
dos desejos da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida. A
Palavra prova isto. Também a experiência dos santos e minha própria experiência
provam, de modo incontestável, a veracidade deste princípio, pois quando
aprouve ao Senhor, em agosto de 1829, ensinar-me a confiar nas Escrituras,
minha vida e meu caminhar tornaram-se muito diferentes".
"Se alguém me perguntasse como é
possível ler as Escrituras de modo mais proveitoso, eu responderia da seguinte
maneira:
Acima de tudo, devemos ter a Palavra
armazenada em nossa mente, de modo que Deus apenas por meio do Espírito Santo
possa ensinar-nos. Desta forma, é de Deus que vamos esperar todas as bênçãos e
vamos buscar a bênção de Deus tanto antes quanto durante a leitura da Palavra.
Deveríamos compreender claramente que o Espírito Santo não é apenas o melhor Mestre, mas também é suficiente. Nem sempre Ele nos ensina imediatamente aquilo que desejamos saber. É possível, portanto, que algumas vezes necessitemos suplicar-lhe várias vezes a fim de receber explicação para algumas passagens; mas no final Ele certamente irá nos ensinar se nós buscarmos luz com oração, com paciência e para a glória de Deus".
O Segredo da Bênção e da Alegria
Deveríamos compreender claramente que o Espírito Santo não é apenas o melhor Mestre, mas também é suficiente. Nem sempre Ele nos ensina imediatamente aquilo que desejamos saber. É possível, portanto, que algumas vezes necessitemos suplicar-lhe várias vezes a fim de receber explicação para algumas passagens; mas no final Ele certamente irá nos ensinar se nós buscarmos luz com oração, com paciência e para a glória de Deus".
O Segredo da Bênção e da Alegria
Apenas mais uma palavra proferida por
ocasião do seu aniversário de noventa anos: Por sessenta e nove anos e dez
meses George Muller fôra um homem muito feliz. Isso ele atribuía a duas coisas:
ele havia mantido uma boa consciência, não seguindo deliberadamente um caminho
que ele soubesse ser contrário à vontade de Deus; isso não quer dizer que ele
era perfeito; ele era pobre, fraco e pecador. Em segundo lugar, ele atribuía
sua felicidade ao seu amor pelas Escrituras. Nos seus últimos anos, ele
costumava ler toda a Bíblia quatro vezes por ano, aplicando-a ao seu próprio
coração e sobre ela meditando. Ele amava a Palavra de Deus muito mais agora do
que há sessenta e seis anos atrás. Foi seu amor à Palavra, bem como o manter de
uma boa consciência que lhe proporcionaram todos aqueles anos de paz e alegria
no Espírito Santo. (R. A. Torrey)
Confiando nas Promessas de Deus
Quem
fez a promessa é fiel... (Hebreus 10:23).
A despensa está quase vazia - informou
uma funcionária. - É preciso lembrar-lhe que já venceu o prazo para o pagamento
do aluguel?
O Senhor proverá - disse George Muller
animadamente. Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades. Não vai falhar
agora. Naquele momento, ele tinha apenas 27 centavos para alimentar várias
centenas de crianças do orfanato.
Então chegou uma carta. George abriu-a e leu o seguinte: Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando? George Muller balançou a cabeça e passou a escrever o seguinte bilhete: "Nada mencionarei sobre os nossos recursos. O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos".
Então chegou uma carta. George abriu-a e leu o seguinte: Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando? George Muller balançou a cabeça e passou a escrever o seguinte bilhete: "Nada mencionarei sobre os nossos recursos. O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos".
Tendo despachado a carta, George Muller
caiu sobre os joelhos em seu escritório: "Senhor, estamos em situação
desesperadora. Temos apenas 27 centavos. Por favor, dirijas este homem para que
nos envie dinheiro".
Ao receber a carta de George Muller,
referido homem, sentiu-se impressionado a enviar cem libras de uma só
vez.
Quando o dinheiro chegou, não havia um
único centavo na instituição de Muller para comprar alimento para a refeição
seguinte. Certa vez um amigo perguntou a George: "O que você faria, caso
Deus não enviasse ajuda no momento certo?" "Certamente isso jamais
aconteceria" - respondeu George – "Deus prometeu suprir todas as
nossas necessidades. Deus não mente. É completamente confiável”.
George Muller cuidou de mais de 10.000
órfãos durantes os 63 anos em que decidiu confiar inteiramente em Deus para o
atendimento das necessidades. Nem uma única vez deixou Deus de cumprir Sua
promessa.
Deus é o Amigo em que podemos confiar.
Apresenta-nos mais de 3.000 promessas na Bíblia. Podemos acreditar no
cumprimento de Sua palavra.
Veja mais fotos em:
http://www.flickr.com/photos/brizzlebornandbred/sets/72157616579903800/Fotos
http://www.flickr.com/photos/brizzlebornandbred/sets/72157604877761339/
Fonte: http://www.pilb.t5.com.br/georgemuller.htm
http://www.flickr.com/photos/brizzlebornandbred/sets/72157604877761339/
Fonte: http://www.pilb.t5.com.br/georgemuller.htm
Kibado de: www.cesariopinto.com
Artigo compilado dos sites:
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