“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Rm 3.23
Diz-se que Joe Ruby, um dos co-criadores da série Scooby-Doo, disse certa vez que a intenção do programa era ensinar às crianças que os verdadeiros monstros são as pessoas.
No desenho, os personagens buscam solucionar vários mistérios, e no desfecho de cada um deles, eles descobrem que os “monstros” que estavam por trás dos casos em questão eram na verdade humanos disfarçados.
Scooby-Doo nos ensina que o vilão somos nós mesmos. Não fantasmas, não seres mitológicos, não monstros dos mais diversos, mas nós mesmos.
As Escrituras nos dizem que o homem sem Deus está morto em seus delitos e pecados (Ef 2). Em outro lugar ela nos diz que "todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer." (Sl 14:3)
Essa é uma verdade que o homem natural tende a rejeitar. É inconcebível para muitos o fato da raça humana ser má, corrupta e impiedosa por natureza. Mas temos por certo que “todo o mundo é culpável perante Deus. (Rm 3:19)
A maldade humana é gradativa, e o seu ápice se dará nos últimos dias, aqueles que antecederão a vinda de Cristo (Mt 24:12). Os últimos dias serão insuportáveis (Mt 24:22), a maldade e a perversidade humana estará em um nível tão estarrecedor que, da mesma forma que o dilúvio foi a saída para uma geração perversa, o fim dos tempos será a saída para a geração do apocalipse. (Gn 6:5-7; Mt 24:37)
Precisamos reconhecer a maldade que habita em nós (Jr 17:9), sem terceirizar a nossa corrupção moral a seres fictícios como fantasmas, vampiros ou monstros no geral, assim como em Scooby-Doo. Existe redenção para a humanidade caída, existe esperança até mesmo para o pior dos pecadores (1Tm 1:15).
Por Hamilton Fonseca