“Memento mori” é uma expressão proveniente do latim que, em uma tradução não literal, significa: “lembre-se que um dia você irá morrer”. Eu diria que esse é um daqueles conselhos que de tão bom não deveria ser dado, mas vendido.
“A única coisa certa é a morte”, diriam alguns, e eles não estão errados. Na verdade, nem todos dormiremos (os santos) 1Co 15:51, mas isso será um evento atípico. Todos os homens, exceto os santos que estarão vivos na ocasião da volta do Rei Jesus passarão pela morte. Todos pecaram, e todos morrerão. (Rm 5:12)
Por isso, a lembrança da morte deveria ser didática, os túmulos frios de um cemitério deveriam nos fazer lembrar que um dia também estaremos lá. “É melhor ir a um funeral do que a uma festa”, disse o Qoheleth (Ec 7:2). A festa é distração, o funeral, é aprendizado. Um dia estarão de luto por você, um dia o funeral será o seu, e nesse dia, do que adiantará você ter ganhado o mundo inteiro e ter perdido a sua alma? (Mt 16:26), do que adiantará ter os aplausos mundo, se a contrapartida disso for a reprovação Divina? Morre o rico e morre o pobre, e por mais que suas vidas fossem distintas, o seus finais serão os mesmos.
Talvez você já tenha ouvido aquele ditado: “vamos aproveitar a vida porque ela é curta”, aí está outra verdade, só que incompleta. Realmente, a vida é curta, mas a eternidade é longa, e é o que você faz nessa curta vida que determinará o seu destino eterno. Ou você passará da morte para a vida, ou da morte para a segunda morte (Ap 20:14). Não existe esperança post mortem para os que pereceram sem Cristo, não há purgatório, não há reencarnação, não há absolutamente NADA que te proporcione uma segunda chance. (At 4:12; Hb 9:27)
“Lembre-se que um dia você irá morrer!” Não entre na onda do: "...comamos e bebamos, que amanhã morreremos." (1Co 15:32), reflita sobre suas atitudes, sobre a sua conduta, sobre a sua vida, pois ela passará como um sopro diante dos seus olhos, a finitude abrirá caminho para o infindável, e espero, em Cristo, que você não saia da vida apenas para entrar na história, como relatou um famoso político brasileiro antes de morrer, mas que você saia da vida para entrar na vida, que a morte seja para ti nada além da locomotiva que te levará para os braços do Pai.
Por Hamilton Fonseca.
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