quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O Escandaloso Evangelho da Graça

 



"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gentios." (1Co 1:23)


Jesus Cristo, o Deus eterno, em sua infinita sabedoria, abriu mão de sua majestade, fez-se homem e habitou entre nós (Fp 2). Sua vida e ministério foram marcados por intensa devoção e fidelidade ao seu Deus e Pai. Muitos se admiravam de seus ensinos, enquanto outros não compreendiam sua verdadeira missão. Afinal, Jesus não era o Messias que seu povo esperava. Ele não veio como líder político ou religioso, mas como servo obediente. Suas palavras confrontavam o legalismo e a hipocrisia de sua época, e por isso foi rejeitado. Não bastasse isso, foi condenado à morte, e morte de cruz — sinal de maldição divina.


Mas a cruz não foi o fim. Ao terceiro dia, Ele ressuscitou vitorioso, para nunca mais morrer. E, após sua ascensão aos céus, seus apóstolos começaram a proclamar as boas-novas. Porém, tanto judeus quanto gentios se escandalizavam: como o Salvador poderia ter morrido daquela forma? Como crer que Ele ressuscitou e ascendeu à glória? Para muitos, a mensagem soava como loucura e escândalo.


No entanto, quando o Espírito Santo abre os olhos do homem e o convence da verdade, aquilo que parecia absurdo se torna a revelação mais preciosa. Como disse Paulo: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (1Tm 1:15).


Aquele que nunca pecou se fez pecado por nós. O Rei eterno e imortal despiu-se de Sua glória para se entregar em favor de vasos de barro. E tão escandaloso quanto sua morte é o amor que o levou até ela. O evangelho é, de fato, um escândalo — mas um escândalo de amor e graça. E, pelo poder regenerador do Espírito, passamos a compreender, ainda que limitadamente, o “grande amor com que nos amou” (Ef 2:4).


O que antes nos afastava, hoje nos atrai com laços de amor (Os 11:4). O que antes era motivo de fuga, agora é razão de entrega. Seu amor nos conquistou (2Co 5:14).


Por isso, eu te convido: renda-se hoje mesmo a esse amor. Ele cura feridas profundas, sara a alma, restaura a nossa identidade e nos dá o privilégio de sermos feitos filhos de Deus (Jo 1).


Esse não é um amor qualquer. É o grande, eterno e incomparável amor de Deus em Cristo Jesus, Senhor nosso.


Por Hamilton Fonseca