sábado, 14 de abril de 2012

Uma abordagem médica, jurídica, científica e teológica sobre o aborto



O parecer médico, jurídico, científico e teológico sobre o aborto:

O parecer médico sobre as consequências do aborto: Prática do Aborto causa transtornos psicológicos na mulher:



Hoje, diante do grande número de abortos "legalizados" que acontece no mundo - cerca de 26 milhões no ano, alguns especialistas tem estudado os efeitos dessa "violência" na psique da mulher.  É surpreendente que ainda hoje não se levem em consideração os efeitos que a 'interrupção voluntária da gravidez' provoca na mulher. Algo "ignorado" pelos meios que querem, de qualquer forma, promover o aborto como um direito.

Este é o alerta de dois especialistas, o professor Tonino Cantelmi, psiquiatra e psicoterapeuta, e Cristina Carace, psicóloga clínica, em uma intervenção enviada à Zenit acerca da síndrome pós-aborto. 

Autores de publicações sobre a matéria e responsáveis do Centro para o Tratamento da Síndrome Pós-Aborto, com sede em Roma, os dois advertem de que cada vez se está evidenciando mais a repercussão do aborto na aparição de transtornos psicológicos. 

Os efeitos psicológicos do aborto "são extremamente variados e não parecem estar determinados pela educação recebida ou pelo credo religioso", apontam. 
“A reação psicológica ao aborto espontâneo e ao aborto involuntário é diferente"; está relacionada, esclarecem, com as características de cada um desses dois sucessos: "o aborto espontâneo é um evento imprevisto e involuntário, enquanto o IVE (aborto provocado interrompendo o desenvolvimento do embrião ou do feto e extraindo-o do útero materno) contempla a responsabilidade consciente da mãe".

"O vínculo mãe-feto começa imediatamente depois da concepção, também nas mulheres que projetam abortar, afirmam, enquanto os processos psicológicos substantivos a esta relação precoce são inconscientes e vão além do controle consciente da mãe".

Assim, "uma mulher, frente à escolha de levar a cabo ou não a gravidez, vive sentimentos ambivalentes e extremamente dolorosos, que a deixam muito vulnerável a qualquer influência, tanto interna como externa", sublinham. 

Assim, "pensando que abortar pode ajudá-la a sentir-se melhor" ou pode contribuir "para voltar a colocar as coisas em seu lugar", a mulher "pode se encontrar com uma decisão que não corresponde a uma escolha consciente e que sucessivamente pode provocar graves sentimentos de arrependimento", explicam. 


O "dia depois" do aborto voluntário:



Ambos especialistas concordam em que, imediatamente depois do aborto, a mulher pode experimentar uma redução dos níveis de ansiedade, pois decai o elemento ansiógeno constituído por uma gravidez indesejada; mas sucessivamente, "muitíssimas mulheres vivem uma ansiedade maior, apresentando transtorno de estresse pós-traumático, depressão e maior risco de suicídio e abuso de substâncias".

"Estes transtornos devem-se a um profundo sofrimento que envolve a mulher que abortou voluntariamente e podem manifestar-se também bastante tempo depois do aborto, para logo durar às vezes vários anos", confirmam. 

A marca traumática do aborto voluntário procede do fato, apontam, de que "quando a mulher descobre que espera uma criança, não o considera só um 'embrião' ou um 'monte de células', mas o próprio filho, um ser humano pequeno e indefeso que está crescendo dentro de seu próprio corpo, de forma que abortar significa que se mata de maneira voluntária a própria criança".

Uma porcentagem considerável de mulheres que abortaram desenvolve o transtorno de estresse pós-traumático, cujos sintomas são "lembranças desagradáveis, recorrentes e intrusivas da IVE, que se manifestam em imagens, pensamentos ou percepções; sonhos desagradáveis e recorrentes do sucesso; sensação de reviver a experiência do aborto através de ilusões, alucinações e episódios dissociativos nos quais através do 'flashback', ressurge a lembrança; mal-estar psicológico intenso à exposição de fatores desencadeantes internos ou externos que simbolizam ou se assemelham a algum aspecto do evento traumático, como o contato com recém-nascidos, mulheres grávidas, voltar ao lugar onde se praticou a IVE ou submeter-se a um exame ginecológico; evita persistentemente todo estímulo que possa associar-se com o aborto", enumeram os especialistas.

Já começam a definir estes transtornos como "síndrome pós-aborto", sublinha, que muito frequentemente também "evolui em uma vivência da dor e temor que determina mudanças no comportamento sexual, depressão, aumento ou início de consumo de álcool ou outras drogas, mudanças do comportamento na alimentação, transtornos somáticos, isolamento social, transtornos de ansiedade, perda de autoestima, idealização suicida e tentativas de suicídio".

“Todos estes transtornos podem manifestar-se também vários meses depois da intervenção, no aniversário da IVE ou no do hipotético nascimento da criança", sem esquecer que as mulheres que abortaram anteriormente "podem seguir tendo sentimentos de culpa ou depressão ligados a tal aborto, inclusive durante as gravidezes sucessivas", advertem o professor Cantelmi e a psicóloga Carace.


A permissão jurídica do aborto no Brasil:



No Brasil, só há duas situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro ou quando a gravidez implica risco para a gestante. Em quaisquer outros casos a interrupção da gravidez é considerada crime. Espera-se ainda para este ano (2012) uma decisão final do Supremo Tribunal Federal que pode liberar ou proibir em definitivo o aborto de fetos anencéfalos no país. 


O parecer científico:



5 respostas da ciência sobre quando se inicia a vida:

1. Visão genética:

A vida humana começa na fertilização, quando espermatozoide e óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da Igreja Católica.

2. Visão embriológica:

A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou mais pessoas. É essa ideia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados nas duas primeiras semanas de gravidez.

3. Visão neurológica:

O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O problema é que essa data não é consensual. Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na 8ª semana. Outros, na 20ª.

4. Visão ecológica:

A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a 20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos EUA na decisão que autorizou o direito do aborto.

5. Visão metabólica:

Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa corrente, espermatozoides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não deve ter um marco inaugural.

Veja esse compêndio da Universidade de Princeton:

Para quem tiver a paciência e a humildade de ouvir os maiores especialistas do mundo na área, segue abaixo suas opiniões extraídas de seus respectivos livros.

A vida humana se inicia na fertilização do óvulo com o espermatozoide:

Tradução livre: Silvio L. Medeiros – http://culturadavida.blogspot.com

1- "O desenvolvimento do embrião começa no estágio 1 quando o espermatozóide fertiliza óvulo e juntos se tornam um zigoto" (Marjorie England, professor da Faculdade de Medicina de Ciências Clínicas, Universidade de Leicester, Reino Unido).

2- “O desenvolvimento humano começa depois da união dos gametas masculino e feminino durante um processo conhecido como fertilização (concepção)”.

Fertilização é uma sequência de eventos que começa com o contato de um espermatozóide com um óvulo em sequência e termina com a fusão de seus núcleos e a união de seus cromossomos formando uma nova célula. Este óvulo fertilizado, conhecido como zigoto, é uma larga célula diploide que é o começo, o primórdio de um ser humano" (Keith L. Moore, premiado professor emérito e cátedra da divisão de anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, Canadá).

3- "Embrião: um organismo no estágio inicial de desenvolvimento; em um homem, a partir da concepção até o fim do segundo mês no útero" (Ida G. Dox, autora sênior de inúmeros livros de referência para médicos e cientistas, premiada, trabalhou na Escola de Medicina da Universidade de GeorgeTown).

4- "Para o homem o termo embrião é usualmente restringido ao período de desenvolvimento desde a fertilização até o fim da oitava semana da gravidez" (William J. Larsen, PhD, Professor do Departamento de Biologia Celular, Neurologia e Anatomia, membro do Programa de Graduação em Desenvolvimento Biológico do Colégio de Medicina da Universidade de Cincinnati).

5- "O desenvolvimento de um ser humano começa com a fertilização, processo pelo qual duas células altamente especializadas, o espermatozóide do homem e o óvulo da mulher, se unem para dar existência a um novo organismo, o zigoto" (Dr. Jan Langman, MD. Ph.D., professor de anatomia da Universidade da Virgínia).

6- "Embrião: o desenvolvimento individual entre a união das células germinativas e a conclusão dos órgãos que caracteriza seu corpo quando se torna um organismo separado… No momento em que a célula do espermatozóide do macho humano encontra o óvulo da fêmea e a união resulta num óvulo fertilizado (zigoto), uma nova vida começa… O termo embrião engloba inúmeros estágios do desenvolvimento inicial da concepção até a nona ou décima semana de vida" (Van Nostrand’s Scientific Encyclopedia).

7- "O desenvolvimento de um ser humano começa com a fertilização, processo pelo qual o espermatozóide do homem e o óvulo da mulher se unem para dar existência a um novo organismo, o zigoto" (Thomas W. Sadler, Ph.D., Departamento de Biologia Celular e Anatomia da Universidade da Carolina do Norte).

8- "A questão veio sobre o que é um embrião, quando o embrião existe, quando ele ocorre. Eu penso como você sabe que no desenvolvimento, vida é um continuum… Mas penso que uma das definições usuais que nos surgiu, especialmente da Alemanha, tem sido o estágio pelo qual esses dois núcleos (do espermatozóide e do óvulo) se unem e as membranas entre eles se chocam" (Jonathan Van Blerkon, Ph.D., pioneiro dos procedimentos de fertilização em vitro, professor de desenvolvimento molecular, celular da Universidade de Colorado, reconhecido mundialmente como o preeminente expert na fisiologia do óvulo e do espermatozóide).

9- "Zigoto. Essa célula, formada pela união de um óvulo e um espermatozóide, representa o início de um ser humano. A expressão comum "óvulo fertilizado" refere-se ao zigoto" (Keith L. Moore, premiado professor emérito e cátedro da divisão de anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, Canadá; Dr. T.V.N. Persaud é professor de Anatomia e Chefe do Departamento de Anatomia, professor de Pediatria e Saúde Infantil, Universidade de Manitoba, Winnipeg, Manitoba, Canadá. Em 1991, recebeu o prêmio mais importante no campo da Anatomia, do Canadá, o J.C.B. Grant Award, da Associação Canadense de Anatomistas).

10- "Embora a vida seja um processo contínuo, a fertilização é um terreno crítico porque, sob várias circunstâncias ordinárias, um novo, geneticamente distinto organismo humano é por isso mesmo formado… A combinação dos 23 cromossomos presente em cada pró-núcleo resulta nos 46 cromossomos do zigoto. Dessa forma o número do diploide é restaurado e o genoma embrionário é formado. O embrião agora existe como uma unidade genética" (Dr. Ronan O’Rahilly, professor emérito de Anatomia e Neurologia Humana na Universidade da Califórnia).

11- "Quase todos os animais maiores iniciam suas vidas de uma única célula: o óvulo fertilizado (zigoto)… O momento da fertilização representa o ponto inicial na história de uma vida, ou ontogenia, de um individuo" (Bruce M. Carlson, M.D, Ph.D., pesquisador professor emérito da Escola Médica de Desenvolvimento Biológico e Celular).

12- "Deixe-me contar um segredo. O termo pré-embrião tem sido defendido energicamente por promotores da Fertilização In Vitro por razões que são políticas, não científicas. O novo termo é usado para prover a ilusão de que há algo profundamente diferente entre o que não médicos biólogos ainda chamam de embrião de seis dias de idade e entre o que todo mundo chama de embrião de dezesseis dias de idade. 

O termo pré-embrião é usado em arenas políticas – aonde decisões são feitas para permitir o embrião mais novo (agora chamado de pré-embrião) de ser pesquisado – bem como em confinados escritórios médicos, aonde pode ser usado para aliviar preocupações morais que podem ser expostos por pacientes de fertilização in vitro. "Não se preocupe", um médico pode dizer, “é apenas um pré-embrião que estamos congelando ou manipulando”. Eles não se tornaram embriões humanos reais até que coloquemo-los de volta ao seu corpo" (Lee M. Silver, professor da célebre Universidade de Princeton no Departamento de Biologia Molecular e da Woodrow Wilson School of Public and International Affairs).


O parecer bíblico teológico. Uma análise do salmo 139:



Analisemos o Salmo 139 a partir dos versículos 13-16 - Com base neste verso, pode-se concluir que a Bíblia considera o aborto como um assassinato?

PROBLEMA: Segundo esta passagem, Deus considera um ser humano aquele que ainda não nasceu. Entretanto, se o feto é realmente um ser humano, então o aborto provocado é a execução deliberada da morte de uma pessoa inocente. Esta passagem nos mostra então que Deus considera o aborto provocado como um assassinato?

SOLUÇÃO: Sim. Muitas outras passagens reforçam esta posição.

Primeiro, aquele que ainda não nasceu é intimamente conhecido por Deus, e recebe o chamado de Deus. Em Jeremias 1:5, Deus diz: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações".

Segundo, o que ainda não nasceu é referido como tendo características de uma pessoa: pecado, como no Salmo 51:5; ou alegria, como em Lucas 1:44.

Terceiro, aquele que fere um feto recebe a mesma punição do que fere um adulto. Em outra parte (veja os comentários de Êxodo 21:22-23 abaixo), a mesma punição é dada pelo mal causado à mulher ou à criança que está em gestação. Deus considera o não-nascido como um perfeito ser humano. E tomar deliberadamente a vida de um ser humano inocente é assassinato.

ÊXODO 21:22-23 - Esta passagem mostra que um ser ainda não nascido tem menos valor do que um ser adulto?

PROBLEMA: De acordo com algumas traduções da Bíblia, este texto ensina que, se dois homens brigarem, e a mulher de um deles tiver um aborto, o responsável "será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher" (v. 22). Mas, se da briga resultar a morte da mulher, a penalidade seria a pena capital (v. 23). Isto não prova então que o feto não era considerado um ser humano, como o era a mãe?

SOLUÇÃO: Primeiro, antes de mais nada, há aqui uma tradução inadequada. O grande erudito em hebraico, Umberto Cassuto, traduziu este texto corretamente, da seguinte maneira: "Se homens brigarem, e ferirem não intencionalmente uma mulher com criança, e seus filhos forem dados à luz, porém sem maior dano - isto é, nem a mulher nem as crianças morrerem -aquele que feriu será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinarem. Mas, se houver dano grave, isto é, a mulher ou as crianças morrerem, então, darás vida por vida." {Commentary on the Book of Exodus - Comentário do Livro de Êxodo - Magnes Press, 1967).
A tradução acima torna o sentido bem claro. É uma passagem de peso contra o aborto, afirmando que um feto tem o mesmo valor que um ser humano adulto.

Segundo, a palavra hebraica (yatsa), erroneamente traduzida pelo verbo "abortar", na verdade significa "sair" ou "dar à luz". No AT, é a palavra regularmente empregada com o sentido de dar à luz com vida. De fato, ela não tem nenhum emprego no sentido de "aborto provocado", embora tenha o sentido de dar à luz um natimorto. Mas nessa passagem, como em praticamente todos os textos do AT, a referência é a um nascimento com vida, embora prematuro.

Terceiro, há uma outra palavra hebraica para "aborto" (shakol), que não é usada. Já que ela era disponível e não foi empregada, tendo sido preferida a palavra que expressa um nascimento com vida, não há razão para supor que o sentido não seja realmente este: o de dar à luz uma criança com vida.

Quarto, a palavra usada com referência a que a mulher deu à luz é yeled, que significa "criança". A Bíblia usa a mesma palavra para "bebês" e para "criancinhas" (Gn 21:8; Êx 2:3). Daí, o não nascido é considerado um ser humano igual a uma criancinha.

Quinto, se qualquer dano acontecesse, seja para a mãe, seja para o filho, a mesma punição era devida: "vida por vida" (v. 23). Isso demonstra que o feto possuía o mesmo valor que sua mãe.

Sexto, outras passagens do AT ensinam que o feto é um ser humano em seu sentido mais completo. O NT confirma esta mesma posição (cf. Mt 1:20; Lc 1:41,44).

Salmo 139: 13-14 – Depois de falar da onipresença de Deus, Davi retrata seu poder e habilidade. Para isso, concentra-se na onipotência divina demonstrada por meio de desenvolvimento maravilhoso de um bebê no ventre de sua mãe. Numa partícula de matéria aquosa menor do que o pingo sobre a letra “ i ” se concentram programadas todas as características futuras da criança: a cor da pelo, dos olhos e do cabelo, as feições, as habilidades inatas. Tudo que a criança será física e mentalmente está contido na forma germinal que é o óvulo fecundado. Dele se desenvolverão: 60 trilhões de células, 160 mil quilometros de fibras nervosas, quase 100 mil quilometros de vasos responsáveis por fazer o sangue circular pelo corpo, 250 ossos, isso sem falar nas juntas, nos ligamentos e nos músculos. (RADMACHER, documentação adicional indisponível)

Davi descreve a formação do feto com sensibilidade e beleza extraordinárias. “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe”. Sim, Deus formou nosso interior; cada parte é uma maravilha de engenharia divina. Considere o cérebro, por exemplo, com sua capacidade de registrar fatos, sons, odores, imagens, tato e dor, bem como de recordar e fazer cálculos, sem falar na habilidade de tomar inúmeras decisões e resolver problemas.

Deus nos formou no seio (ou “ventre”; NVI) de nossa mãe, uma descrição apropriada do modo notável com que ele entretece os músculos, tendões, ligamentos, nervos, vasos sanguíneos e ossos da estrutura humana.

Davi irrompe em louvores ao Senhor. Ao pensar no ser humano, o ápice da criação divina, confessa que foi formado por modo assombrosamente maravilhoso. Quanto mais pensamos nas maravilhas do corpo humano, em sua organização, complexidade, beleza, instintos e elementos herdados, mais nos admiramos com o fato de pessoas versadas em ciências naturais não crerem num Criador infinito.

139:15 – Mais uma vez, o salmista volta ao tempo em que seu corpo estava sendo formado no ventre materno. Observe como ele usa a primeira pessoa do singular para se referir ao embrião ou feto. De acordo com a visão bíblica, a personalidade humana existe antes do nascimento; por isso, o aborto, exceto em casos de necessidade médica extrema, é homicídio.

Davi estava ciente  de que Deus o conhecia por inteiro desde o princípio. Seus ossos não foram encobertos do Senhor quando estava sendo formado em segredo e entretecido com grande habilidade como nas profundezas da terra. Fica claro que o sentido não é literal, pois ninguém é formado abaixo da superfície da terra. No contexto, a expressão “nas profundezas da terra” é sinônima de “no seio de minha mãe”. Encontramos uma expressão semelhante em Efésios 4:9, texto no qual o apostolo Paulo diz que Cristo desceu “às regiões inferiores da terra”. Também nesse caso, o contexto indica que ele entrou no mundo pela atecâmara do ventre da virgem, uma referencia a encarnação.

139:16 – Ao falar de sua substância [...] informe, Davi emprega um termo que descreve algo enrolado ou embrulhado. Para Barnes e outros comentaristas, a palavra denota de modo mais adequado, o embrião ou feto, “no qual todos os menbros do corpo ainda se encontram dobrados ou não desenvolvidos, ou seja, antes de assumirem forma ou proporções claras”. Mesmo na fase preliminar da existência, os olhos do Senhor contenplavam o salmista mavioso de Israel.

E, no [...] livro de Deus, todos os [...] dias da vida de Davi já haviam sido registrados pelo arquiteto divino antes do momento histórico em que o salmista anunciou sua chegada ao mundo com o primeiro choro estridente.




Bibliografia:

England, Marjorie A. Life Before Birth. 2nd ed. England: Mosby-Wolfe, 1996, p.31

Moore, Keith L. Essentials of Human Embryology. Toronto: B.C. Decker Inc, 1988, p.2

Dox, Ida G. et al. The Harper Collins Illustrated Medical Dictionary. New York: Harper Perennial, 1993, p. 146

Walters, William and Singer, Peter (eds.). Test-Tube Babies. Melbourne: Oxford University Press, 1982, p. 160

Langman, Jan. Medical Embryology. 3rd edition. Baltimore: Williams and Wilkins, 1975, p. 3

Considine, Douglas (ed.). Van Nostrand's Scientific Encyclopedia. 5th edition. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1976, p. 943

Sadler, T.W. Langman's Medical Embryology. 7th edition. Baltimore: Williams & Wilkins 1995, p. 3

Jonathan Van Blerkom of University of Colorado, expert witness on human embryology before the NIH Human Embryo Research Panel -- Panel Transcript, February 2, 1994, p. 63

Moore, Keith L. and Persaud, T.V.N. Before We Are Born: Essentials of Embryology and Birth Defects. 4th edition. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1993, p. 1

O'Rahilly, Ronan and Müller, Fabiola. Human Embryology & Teratology. 2nd edition. New York: Wiley-Liss, 1996, pp. 8, 29. This textbook lists "pre-embryo" among "discarded and replaced terms" in modern embryology, describing it as "ill-defined and inaccurate" (p. 12)

Carlson, Bruce M. Patten's Foundations of Embryology. 6th edition. New York: McGraw-Hill, 1996, p. 3

Silver, Lee M. Remaking Eden: Cloning and Beyond in a Brave New World. New York: Avon Books, 1997, p. 39

Commentary on the Book of Exodus - Comentário do Livro de Êxodo - Magnes Press, 1967

Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia / Norman Geisler, Thomas Howe; traduzido por Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: Mundo Cristão, 1999

MacDonald, William, 1917-2007. Comentário bíblico popular, Antigo testamento/ editado com introduções de Art Farstad – São Paulo: ed. Mundo Cristão, 2011.

Bíblia Sagrada







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